ASSOCIAÇÃO NACIONAL E INTERNACIONAL DE IMPRENSA - ANI
A disseminação de notícias falsas (fake news) e as eleições de 2022
Núcleo de Conteúdo: ANIBRPRess
A divulgação de fake news costuma
tomar grandes proporções no curso das eleições. Uma das vertentes do combate a
disseminação de notícias falsas defende que o combate à desinformação deve ser
um compromisso de todos os cidadãos, principalmente, dos candidatos
De acordo com a legislação
eleitoral, o candidato que difundir notícias falsas pode ser penalizado com
multa de propaganda irregular ou sofrer processo por abuso de poder,
acarretando em inelegibilidade e perda do mandato.
A Justiça Eleitoral dispõe, na
Resolução n° 23.610/2019 que trata sobre propaganda eleitoral e as condutas
ilícitas em campanha, seção específica alertando candidatos em relação à
disseminação de informações inverídicas. O artigo 9º do documento destaca que a
utilização de conteúdos veiculados, inclusive por terceiros, “pressupõe que o
candidato, o partido ou a coligação tenha verificado a presença de elementos
que permitam concluir, com razoável segurança, pela fidedignidade da
informação”.
Na lista abaixo relacionada indica como identificar conteúdos enganosos
· Fique atento à
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Facebook e WhatsApp lideram o ranking de notícias falsas
O Facebook e o WhatsApp são as
principais plataformas de difusão de conteúdos falsos, Segundo o Relatório de
Notícias Digitais 2020 do Instituto Reuters, considerado o mais importante
estudo mundial sobre jornalismo e novas tecnologias, o Facebook e o WhatsApp
são as principais plataformas de difusão de conteúdos falsos. Na pesquisa entre
os ouvidos, 29% manifestaram preocupação com a difusão de desinformação nas
redes sociais Facebook, 6% no Youtube e 5% no Twitter. Nos apps de mensagem, o
WhatsApp foi o mais citado. O Brasil foi o país onde esse receio apareceu
de forma mais presente (84%), seguido do Quênia (76%) e da África do Sul (72%).
Para o jornalista e presidente da
Associação Nacional e Internacional de Imprensa – ANI Roberto Monteiro Pinho, a divulgação de notícias
falsas, são fabricadas com o objetivo político, e utilizadas para enfraquecer
adversários políticos, mesmo fora do período eleitoral.
“Em 2022, teremos que enfrentar uma
avalanche dessas informações, que vão salpicar as redes sociais. Serão textos
com falsas denúncias, vídeos e fotos modificadas e até mesmo de fatos antigos,
que vão servir como arma para ludibriar o eleitor e enfraquecer adversários”,
explicou Monteiro.
Facebook
declarou que investiu no combate a fake
news
Quando apontado como o principal responsável
pela publicação de fake news em nota,
o Facebook afirmou que estaria comprometido com o combate à desinformação.
"Em abril colocamos marcações de
notícias falsas em cerca de 50 milhões de postagens em todo o mundo, removemos
milhares de conteúdos que poderiam levar a danos no mundo real e direcionamos
mais de 2 bilhões de pessoas a recursos de autoridades de saúde por meio da
Central de Informações sobre a Covid-19. Também estamos ajudando jornalistas e
organizações de notícias a se adaptarem às mudanças no mundo digital, assim
como comprometemos mais de US$ 400 milhões em todo o mundo para apoiar esse
trabalho", acrescentou a empresa.
Os
números das redes sociais
Os anos de
2020 e 2021 provocaram significativas mudanças nos hábitos digitais das pessoas
em todo o mundo. Com a pandemia de Covid-19, o consumo de informações – nos
mais variados formatos – dentro das mídias sociais aumentou significativamente.
Isso acabou gerando algumas mudanças, como, por exemplo, reposicionamentos na
lista das 10 redes sociais mais usadas no Brasil.
O número mais recente – do começo de 2021 – indica que
os brasileiros passam, em média, 3 horas e 42 minutos por dia conectados às
redes sociais. Nesse quesito, perdemos apenas dos filipinos e dos colombianos,
mas por poucos minutos. A tendência é que, no decorrer do ano, esse tempo tenha
sido ainda maior. Tivemos novidades no cenário, como a consolidação do TikTok,
que conquistou de vez celebridades e jovens no país.
As 10 redes sociais mais usadas no Brasil em 2021
1. Facebook (130 mi)
2. YouTube (127 mi)
3. WhatsApp (120 mi)
4. Instagram (110 mi)
5. Facebook Messenger (77 mi)
6. LinkedIn (51 mi)
7. Pinterest (46 mi)
8. Twitter (17 mi)
9. TikTok (16 mi)
10. Snapchat (8,8 mi)
Um levantamento da
Avaaz, plataforma de mobilização online, revelou que os brasileiros são os que
mais acreditam em fake news no mundo. Segundo a plataforma, 7 em cada 10
brasileiros se informam pelas redes sociais e 62% já acreditaram em alguma
notícia falsa.
A Avaaz colheu
informações que dão conta que as fake news têm prejudicado, inclusive, a saúde
e segurança do cidadão, como no caso das vacinas. O aumento do número de
pessoas que deixaram de vacinar por conta de uma desinformação tem crescido
significativamente. Além de pessoas que foram linchadas, morreram ou foram
agredidas por conta de uma desinformação, muitas foram as ações de agentes
truculentas de segurança, que agiram por ordem de governadores e prefeitos.
Núcleo de Conteúdo: ANIBRPRess/Imagem: Epagri