NOTA OFICIAL
O Rio de Janeiro viveu a sua maior tormenta no dia 22 de setembro, quando em diferentes pontos da cidade, quadrilhas do tráfico empreenderam uma série de eventos violentos, travando embates, o maior dele, na comunidade da Rocinha.
Declarações do governo do estado
do Rio de janeiro, Fernando Pezão, chefes da segurança e autoridades há poucos
dias minimizaram futuros acontecimentos, e com isso, diante do ocorrido deram
prova de que não estão habilitados para entender a realidade dura e fria que
enfrenta a população do Rio de Janeiro.
Esses danos são irreversíveis, tanto
para a economia quanto para a população, com reflexos no exterior o que
descredencia a cidade como auspicioso pólo turístico, em se valendo tão somente
a seu recorte de beleza e sinuosas praias.
Sem uma real estratégia de
segurança, o estado conspira diretamente para que esses acontecimentos se
propalem, e com isso no futuro as cenas que param o Rio de Janeiro se repitam
tal qual ou pior.
Nos da Associação Nacional e Internacional
de Imprensa - ANI, consoante seu Estatuto, vêm de pronto apresentar sua NOTA OFICIAL,
conclamando as autoridades ao mais veemente compromisso com a segurança, e a ordem
urbana.
Nos jornalistas repudiamos a
omissão, o método adotado pelo estado, de somente entrar no evento de violência
quando esse eclode, tal quais perplexos presenciamos no dia 22 de setembro.
É inquietante saber que estamos reféns
de criminosos, e também de uma política de gestão na segurança, distante da sua
real necessidade.
Garantida pelo Constituição
Federal do Brasil, a segurança é dever de estado e como tal dever ser exercido,
sem hesitação.
Requeremos dos responsáveis pela
segurança no Rio de Janeiro, uma política austera, inteligente e de forte teor
de organização.
Reféns da
insegurança, moradores, que contribuem com sua labuta diária para que o país e
a cidade tenham uma estrutura administrativa, se tornam vitimas diretas, não
podem se locomover quando o clima está tenso, e o quadro é o comum que saem nos
noticiários. Motoristas abandonam seus veículos em túneis, elevados e ruas,
balas perdidas atingem trabalhadores, mulheres, idosos e crianças.
Não se pode admitir que governo
estadual e federal hesitantes discutam minúcias, quando se trata da proteção do
cidadão.
Não se pode admitir a ausência de
efetiva de policiais nas ruas, principalmente onde estão os focos de violência.
Não podemos admitir que subsidiamos
uma polícia que é a mais barata do planeta.
Não podemos admitir que esses
pais de família, guardiões da ordem, sejam alvejados em serviço ou fora dele,
por absoluta falta de equipamentos de proteção, armamento, planejamento e
respeito à lei.
Não podemos ficar calados diante
da marca de mais de cem policiais mortos neste ano de 2017.
A ANI representa também a
sociedade civil e luta pela Liberdade de Expressão, a Liberdade de Imprensa e o
estado Democrático e de Direito, com esses institutos se ajusta a conduta de
baluarte da população.
É o momento para ampliarmos a discussão
sob o tema violência, não deixando apenas para o noticiário e as redes sociais
essa tarefa de propor, argumentar e criticar.
Sem contestar, recuar ou se intimidar,
o jornalismo do Rio de Janeiro conclama pelo restabelecimento da ORDEM, da
SEGURANÇA e do respeito à POPULAÇÂO.
QUEREMOS IR E VIR.
Rio de Janeiro, 23 de Setembro de
20017
Roberto Monteiro Pinho
Presidente