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sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

ASSOCIAÇÃO NACIONAL E INTERNACIONAL DE IMPRENSA - ANI

A disseminação de notícias falsas (fake news) e as eleições de 2022

 

Núcleo de Conteúdo: ANIBRPRess

A divulgação de fake news costuma tomar grandes proporções no curso das eleições. Uma das vertentes do combate a disseminação de notícias falsas defende que o combate à desinformação deve ser um compromisso de todos os cidadãos, principalmente, dos candidatos 

De acordo com a legislação eleitoral, o candidato que difundir notícias falsas pode ser penalizado com multa de propaganda irregular ou sofrer processo por abuso de poder, acarretando em inelegibilidade e perda do mandato.

A Justiça Eleitoral dispõe, na Resolução n° 23.610/2019 que trata sobre propaganda eleitoral e as condutas ilícitas em campanha, seção específica alertando candidatos em relação à disseminação de informações inverídicas. O artigo 9º do documento destaca que a utilização de conteúdos veiculados, inclusive por terceiros, “pressupõe que o candidato, o partido ou a coligação tenha verificado a presença de elementos que permitam concluir, com razoável segurança, pela fidedignidade da informação”.

Na lista abaixo relacionada indica como identificar conteúdos enganosos

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Facebook e WhatsApp lideram o ranking de notícias falsas

O Facebook e o WhatsApp são as principais plataformas de difusão de conteúdos falsos, Segundo o Relatório de Notícias Digitais 2020 do Instituto Reuters, considerado o mais importante estudo mundial sobre jornalismo e novas tecnologias, o Facebook e o WhatsApp são as principais plataformas de difusão de conteúdos falsos. Na pesquisa entre os ouvidos, 29% manifestaram preocupação com a difusão de desinformação nas redes sociais Facebook, 6% no Youtube e 5% no Twitter. Nos apps de mensagem, o WhatsApp foi o mais citado.  O Brasil foi o país onde esse receio apareceu de forma mais presente (84%), seguido do Quênia (76%) e da África do Sul (72%). 

Para o jornalista e presidente da Associação Nacional e Internacional de Imprensa – ANI Roberto Monteiro Pinho, a divulgação de notícias falsas, são fabricadas com o objetivo político, e utilizadas para enfraquecer adversários políticos, mesmo fora do período eleitoral.

“Em 2022, teremos que enfrentar uma avalanche dessas informações, que vão salpicar as redes sociais. Serão textos com falsas denúncias, vídeos e fotos modificadas e até mesmo de fatos antigos, que vão servir como arma para ludibriar o eleitor e enfraquecer adversários”, explicou Monteiro.

Facebook declarou que investiu no combate a fake news

Quando apontado como o principal responsável pela publicação de fake news em nota, o Facebook afirmou que estaria comprometido com o combate à desinformação.

"Em abril colocamos marcações de notícias falsas em cerca de 50 milhões de postagens em todo o mundo, removemos milhares de conteúdos que poderiam levar a danos no mundo real e direcionamos mais de 2 bilhões de pessoas a recursos de autoridades de saúde por meio da Central de Informações sobre a Covid-19. Também estamos ajudando jornalistas e organizações de notícias a se adaptarem às mudanças no mundo digital, assim como comprometemos mais de US$ 400 milhões em todo o mundo para apoiar esse trabalho", acrescentou a empresa.

Os números das redes sociais

Os anos de 2020 e 2021 provocaram significativas mudanças nos hábitos digitais das pessoas em todo o mundo. Com a pandemia de Covid-19, o consumo de informações – nos mais variados formatos – dentro das mídias sociais aumentou significativamente. Isso acabou gerando algumas mudanças, como, por exemplo, reposicionamentos na lista das 10 redes sociais mais usadas no Brasil.

O número mais recente – do começo de 2021 – indica que os brasileiros passam, em média, 3 horas e 42 minutos por dia conectados às redes sociais. Nesse quesito, perdemos apenas dos filipinos e dos colombianos, mas por poucos minutos. A tendência é que, no decorrer do ano, esse tempo tenha sido ainda maior. Tivemos novidades no cenário, como a consolidação do TikTok, que conquistou de vez celebridades e jovens no país.

 

As 10 redes sociais mais usadas no Brasil em 2021

1. Facebook (130 mi)

2. YouTube (127 mi)

3. WhatsApp (120 mi)

4. Instagram (110 mi)

5. Facebook Messenger (77 mi)

6. LinkedIn (51 mi)

7. Pinterest (46 mi)

8. Twitter (17 mi)

9. TikTok (16 mi)

10. Snapchat (8,8 mi)

Um levantamento da Avaaz, plataforma de mobilização online, revelou que os brasileiros são os que mais acreditam em fake news no mundo. Segundo a plataforma, 7 em cada 10 brasileiros se informam pelas redes sociais e 62% já acreditaram em alguma notícia falsa.

A Avaaz colheu informações que dão conta que as fake news têm prejudicado, inclusive, a saúde e segurança do cidadão, como no caso das vacinas. O aumento do número de pessoas que deixaram de vacinar por conta de uma desinformação tem crescido significativamente. Além de pessoas que foram linchadas, morreram ou foram agredidas por conta de uma desinformação, muitas foram as ações de agentes truculentas de segurança, que agiram por ordem de governadores e prefeitos.

Núcleo de Conteúdo: ANIBRPRess/Imagem: Epagri

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