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O Brasil ocupa a 102ª posição no ranking de Liberdade de Imprensa, segundo avaliação da ONG Repórteres Sem Fronteiras. O fato é que o país ainda é um dos mais violentos da América Latina para a prática do jornalismo devido à ausência de órgão estatal de proteção para os repórteres em perigo e ao clima de impunidade, capitaneado por violência da pessoa, censura ordenada pelo judiciário e com isso alimentado por uma corrupção onipresente.
A hostilidade contra a mídia tem ganhado força nos últimos anos. A Freedom House aponta que a liberdade de imprensa está no seu nível mais baixo em 13 anos, em meio a ameaças sem precedentes aos jornalistas e à mídia. Apenas 13% da população mundial vive em países com liberdade plena, ou seja, onde a cobertura de temas políticos é robusta, a segurança dos jornalistas é garantida, a interferência do Estado na mídia e os veículos de comunicação não estão sujeitas a onerosas pressões legais ou econômicas.
Mídiafobia
A “midiafobia” é patente com jornalistas que são rotineiramente acusados de terrorismo e todos aqueles que não mostram “lealdade” podem ser presos arbitrariamente. É o caso da profissional Victoria Marinova, apresentadora de um programa de jornalismo em uma TV regional da Bulgária foi barbaramente assassinada. Jamal Kashoggi, um ferrenho crítico da monarquia absolutista saudita e colaborador do Washington Post, desapareceu após entrar no consulado da Arábia Saudita, em Istambul (Turquia). O caso ainda está sob nebulosa.
“Inimigos do povo”
Líderes democraticamente eleitos não vêem a imprensa como parte da base essencial da democracia, mas como um adversário ao qual se mostra abertamente a sua aversão. É o caso dos Estados Unidos, onde o presidente Donald Trump se refere aos repórteres como “inimigos do povo”, um termo usado pelo ditador soviético Joseph Stalin. Os jornalistas “são os olhos da sociedade”, porém governantes rasgam direitos de liberdade, mas pregam a democracia, destaca o jornalista Roberto Monteiro de Pinho, presidente da Associação nacional e Internacional de Imprensa – ANI.
A instituição vem combatendo a violência contra a imprensa no país, através de manifestações publicadas em seu site oficial e documentos encaminhados as autoridades públicas. “Fazemos a nossa parte neste contexto, conforme prevê o nosso Estatuto no seu Art. 3. X” - assinalou o dirigente da ANI.
Núcleo de conteúdo: ANIBRPress
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