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Governos
e órgãos locais se envolveram em formas de interferência pela internet na
tentativa de influenciar eleições em
26 de 30 nações estudadas por uma agência de monitoramento da democracia ao longo do ano
passado, que avaliou também a situação no Brasil. É o que garante a agência de notícias Reuters.
A Freedom
House, que é financiada em parte pelo governo dos Estados Unidos, disse em seu
relatório anual que a interferência
eleitoral online se tornou uma "estratégia essencial"
para aqueles que querem perturbar a democracia.
A desinformação e a propaganda
foram às ferramentas mais populares usadas, segundo a pesquisa. "Estados e
elementos partidários usaram redes
sociais para disseminar teorias conspiratórias e memes enganosos,
muitas vezes trabalhando em paralelo com personalidades midiáticas e figuras do
empresariado simpatizantes do governo", disse.
"Muitos
governos estão descobrindo que, nas redes sociais, a propaganda funciona melhor
do que a censura", explicou Mike Abramowitz, presidente da Freedom House.
"Autoritários e populistas de todo o globo estão explorando tanto a
natureza humana quanto algoritmos de
computador para conquistarem as urnas, tripudiando regras concebidas para
garantir eleições livres e justas."
No Brasil
No Brasil, por exemplo, o relatório afirma que
tivemos um período eleitoral conturbado
marcado por campanhas de desinformação e violência política.
marcado por campanhas de desinformação e violência política.
Na
verdade, o que se viu foram as candidaturas à presidência massificarem nas
mídias sociais, comentou o presidente da Associação Nacional e Internacional de
Imprensa – ANI o jornalista e escritor Roberto Monteiro Pinho.
“Não
existe diferença entre mentir no horário eleitoral gratuito, ou na propaganda
impressa, a mídia eletrônica traduz aquilo que o manipulador da informação
digita. Se verdadeira ou não cabe ao eleitor analisar. Num ambiente eleitoral
de campanha onde todos mentem, uns menos outros mais, não existe desequilíbrio,
enquanto o eleitor, pelo que pesquisei, votou nas últimas eleições analisando o
perfil dos postulantes e da atuação administrativa do candidato – assinalou.
Para o
dirigente esse foi o tom da campanha em 2018, daí a influência na escolha. “Cabe aos candidatos construir uma boa
administração, para poder enfrentar o eleitor cada vez mais crítico. Existe um movimento
da mídia tradicional, que tem como objetivo vulgarizar o uso da mídia
eletrônica popular. Eles perderam espaço para os smartphones, e não acompanharam a evolução da mídia, que está nas
mãos de 4,5 bilhões de pessoas no planeta. Só no Brasil temos 180 milhões de
conectados”, alerta.
Uso de conteúdos de cultura popular
Já nas
Filipinas, a pesquisa revela que candidatos pagaram “micro-influenciadores " de redes sociais para divulgarem suas campanhas no Facebook, Twitter e Instagram,
onde polvilharam suas preferências políticas em meio a conteúdos de cultura
popular.
Ainda de
acordo com o relatório da Freedom House, a desinformação online prevaleceu nos Estados Unidos na
iminência de grandes eventos políticos, como as eleições de meio de mandato em
2018 e a audiência de confirmação de Brett Kavanaugh, juiz indicado à Suprema
Corte.
A Freedom
House descobriu também um aumento
no número de governos usando bots e contas falsas para moldar
sorrateiramente as opiniões na internet e assediar oponentes. Esse
comportamento foi visto em 38 dos 65 países analisados.
Além
disso, as redes sociais estão
sendo cada vez mais usadas para vigilância em massa, já que autoridades de ao
menos 40 países instituíram programas avançados de monitoramento destas
plataformas.
Conteúdo: ANIBRPress
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