Editoria
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(...) “O WhatsApp têm sido uma ferramenta eletrônica de grande
valia para a sociedade, e por sua agilidade, se tornou o maior vilão da
imprensa tradicional. É preciso repensar a informação, sem perda de conteúdo,
para conquistar uma população mundial de 7, 6 bilhões de pessoas” – explica o
dirigente.
Nos Estados Unidos durante a crise econômica mundial, que ocorreu a partir ápice de 2007 foram demitidos 7.914 profissionais da área no país durante os primeiros cinco meses do ano de 2009. De janeiro a maio deste ano, cerca de 3.000 empregados de veículos de mídia foram demitidos, segundo números da reportagem da Bloomberg.
Quando o Bklyner, um site de
notícias locais do bairro do Brooklyn, em Nova York, abriu vaga em maio para
repórter da área de política, 16 jornalistas enviaram seus currículos em poucas
horas. Muitos deles com experiência em veículos de escopo nacional e
internacional, como CNN e Reuters.
Entre as razões para o
problema, segundo a Bloomberg, estão a perda de contratos publicitários, que
faz com que veículos online procurem competir com gigantes como Facebook e
Google, e a queda de qualidade ocasionada pelas demissões, dificultando a
atração de novos assinantes. Nem mesmo o caso de alguns jornais, como o Los
Angeles Times e o Washington Post, anunciaram a contratação de jornalistas, e deram
alívio para o setor.
São
8,6 bilhões de conectados
Para o jornalista e
presidente da Associação Nacional e Internacional de Imprensa – ANI Roberto
Monteiro Pinho, uma das razões que impactou a queda da venda de publicidade e
de assinaturas da mídia impressa é o crescimento do número de aparelhos de
smartsphones, que atingiu em 2019 a marca de 8,6 bilhões conectados. “Neste
universo estão milhões de mídias amadores que produzem conteúdo instantâneo,
numa autêntica fábrica de notícias, e com isso criam um ambiente de
autenticidade, por estarem na maioria das vezes presentes ao evento.
O WhatsApp
têm sido uma ferramenta eletrônica de grande valia para a sociedade, e por sua
agilidade, se tornou o maior vilão da imprensa tradicional. É preciso repensar
a informação, sem perda de conteúdo, para conquistar uma população mundial de
7, 6 bilhões de pessoas” – explica o dirigente.
Os números no Brasil
Brasil tem
hoje dois dispositivos digitais por habitante, incluindo smartphones,
computadores, notebooks e tablets. Em 2019, o País terá 420 milhões de
aparelhos digitais ativos. É o que revela a 30ª Pesquisa Anual de Administração
e Uso de Tecnologia da Informação nas Empresas, realizada pela Fundação Getúlio
Vargas de São Paulo (FGV-SP) e divulgada este ano.
Entre os aparelhos, o uso de
smartphone se destaca: segundo o levantamento, há hoje 230 milhões de celulares
ativos no País.
Preocupação
com ameaças, intimidações e ciberataques
De acordo com o site
Justificando a SembraMedia, agência que se dedica a apoiar empreendedores no
campo das comunicações, avaliou o impacto gerado por organizações de jornalismo
digital em quatro países da América Latina nos últimos três anos.
Foram
analisadas 100 mídias, dentre as quais o Justificando, de 4 países da América
Latina – Argentina, Brasil, Colômbia e México.
A
principal constatação deste estudo é que os jornalistas empreendedores
estão transformando profundamente o modo como o jornalismo é exercido e
consumido na América Latina.
“Eles
não estão apenas produzindo notícias – eles são agentes de mudança, estão
promovendo a melhoria das leis, defendendo direitos humanos, expondo a
corrupção e lutando contra o abuso de poder” – avaliou a
pesquisa que contou com especialistas da América Latina e dos Estados Unidos.
Além disso, são apontadas outras dificuldades como ameaças, intimidações e
ciberataques.
Núcleo de Conteúdo: ANIBRPress
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