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quinta-feira, 15 de novembro de 2018

A grande imprensa, e a informação de papel foram desestruturadas com a onda WhatsApp



Um estudo detalhado do comportamento da mídia eletrônica serviu de base, para que analistas do segmento, apontem na direção correta dos fatos que ocorrem no planeta. Nas eleições 2018, o termo "fake news" entrou definitivamente no vocabulário brasileiro. As informações falsas, produzidas para atingir um fim político, bombardearam exaustivamente no período eleitoral.

Os textos e imagens inundaram redes, grupos de WhatsApp, postagens no Facebook ou em comentários no Twitter. A ferramenta para acionar esse eficiente meio de informação, ágil e dinâmico, um celular, traçou o futuro da comunicação de massa. A análise do tem é do presidente da Associação Nacional e Internacional de Imprensa – ANI, jornalista Roberto Monteiro Pinho. 

O dirigente ao fundar a ANI, inseriu no seu Estatuto o artigo que permite a associação de mídias. Com isso filiando os micros e pequenos negócios de comunicação. “Era uma visão que tinha influência direta do impacto dos movimentos sociais, que eclodiam no mundo e cresciam a partir de redes do WhatsApp e Twitter”, explica.

Coletar dados pessoais

De acordo com Evgeny Morozov, numa entrevista a rede BBC News, se revelou um dos principais especialistas sobre a relação entre política e tecnologia, que tem sua própria fórmula. Para ele é preciso multar as empresas de tecnologia que permitem a difusão de fake news - e que, em última instância, lucram com isso, já que sua lógica de negócios é manter o usuário ativo para vender anúncios e coletar seus dados pessoais.

O próximo passo seria criar um conselho independente, para decidir o que é verdade ou não. E, por último, criar estruturas de comunicação alternativas, que tenham outra lógica de negócios. De certa forma, é voltar para o conceito do correio, em que o único objetivo é fazer as pessoas se comunicarem sem coleta de dados, sem oferta de produtos.

Revolução das redes sociais

Morozov é considerado um visionário por ter sido um dos primeiros a prever que a Internet e as redes sociais poderiam trazer consequências políticas negativas. Em 2011, no livro Net Delusion (sem versão brasileira), criticava o que chamava de ciberutopia, uma crença utópica de que o acesso à Internet iria fortalecer a democracia. Na verdade, dizia o teórico, a tecnologia também poderia servir ao autoritarismo.

Era uma opinião radical para o momento. Também no início de 2011, o mundo se entusiasmava com a Primavera Árabe, uma onda de protestos no Oriente Médio e no Norte da África, impulsionada pelo Twitter. O movimento chegou a ser chamado de "revolução das redes sociais".

Internet atingiu 4,021 bilhões de usuários
Matéria publicada em janeiro de 2018 no site TcMundo por Douglas Ciriaco, indica que mais da metade da população mundial já conta com acesso à internet, aponta o último relatório Digital in 2018, divulgado pelos serviços online Hootsuite e We Are Social. De acordo com as duas companhias, somos mais de 4 bilhões de pessoas conectadas à rede, enquanto as estimativas mais recentes apontam para uma população global de 7,6 bilhões de seres humanos. Começamos 2018 com 4,021 bilhões de pessoas online (53% de todas as pessoas do planeta), um aumento de 7% em relação ao ano anterior. As redes sociais são utilizadas por cerca de 3,2 bilhões de pessoas (42% de todo o mundo).
Um dado curioso é que os telefones móveis têm uma penetração maior do que as redes sociais e até mesmo do que a conexão com a internet: eles são usados por 5,1 bilhões de indivíduos ao redor do globo (68% da população global). Além disso, quase todas as pessoas que usam redes sociais o fazem também pelo smartphone: 2,9 bilhões de pessoas (39% da população mundial).
Segundo os dados levantados pelo We Are Social e pelo Hootsuite, o Brasil é o terceiro país que mais fica online: são, em média, 9h14 todos os dias. A Tailândia lidera o ranking, com uma média 9h38, seguida das Filipinas, com 9h24. Esses dados levam em conta o acesso feito a partir de qualquer dispositivo e foi obtido por meio de pesquisa com usuários de 16 a 64 anos de idade.

Núcleo de conteúdo: ANIBRPress.

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