Um estudo detalhado do
comportamento da mídia eletrônica serviu de base, para que analistas do
segmento, apontem na direção correta dos fatos que ocorrem no planeta. Nas
eleições 2018, o termo "fake news" entrou definitivamente no
vocabulário brasileiro. As informações falsas, produzidas para atingir um fim
político, bombardearam exaustivamente no período eleitoral.
Os
textos e imagens inundaram redes, grupos de WhatsApp, postagens no Facebook ou
em comentários no Twitter. A ferramenta para acionar esse eficiente meio de
informação, ágil e dinâmico, um celular, traçou o futuro da comunicação de
massa. A análise do tem é do presidente da Associação Nacional e Internacional
de Imprensa – ANI, jornalista Roberto Monteiro Pinho.
O
dirigente ao fundar a ANI, inseriu no seu Estatuto o artigo que permite a
associação de mídias. Com isso filiando os micros e pequenos negócios de
comunicação. “Era uma visão que tinha influência direta do impacto dos
movimentos sociais, que eclodiam no mundo e cresciam a partir de redes do
WhatsApp e Twitter”, explica.
Coletar dados pessoais
De acordo com Evgeny Morozov, numa entrevista
a rede BBC News, se revelou um dos principais especialistas sobre a relação
entre política e tecnologia, que tem sua própria fórmula. Para ele é preciso
multar as empresas de tecnologia que permitem a difusão de fake news - e que,
em última instância, lucram com isso, já que sua lógica de negócios é manter o
usuário ativo para vender anúncios e coletar seus dados pessoais.
O próximo passo seria criar um conselho
independente, para decidir o que é verdade ou não. E, por último, criar
estruturas de comunicação alternativas, que tenham outra lógica de negócios. De
certa forma, é voltar para o conceito do correio, em que o único objetivo é fazer
as pessoas se comunicarem sem coleta de dados, sem oferta de produtos.
Revolução
das redes sociais
Morozov é considerado um visionário por ter
sido um dos primeiros a prever que a Internet e as redes sociais poderiam
trazer consequências políticas negativas. Em 2011, no livro Net Delusion (sem
versão brasileira), criticava o que chamava de ciberutopia, uma crença utópica
de que o acesso à Internet iria fortalecer a democracia. Na verdade, dizia o
teórico, a tecnologia também poderia servir ao autoritarismo.
Era uma opinião radical para o momento.
Também no início de 2011, o mundo se entusiasmava com a Primavera Árabe, uma onda
de protestos no Oriente Médio e no Norte da África, impulsionada pelo Twitter.
O movimento chegou a ser chamado de "revolução das redes sociais".
Internet
atingiu 4,021 bilhões de usuários
Matéria publicada em janeiro de 2018 no site TcMundo por Douglas
Ciriaco, indica que mais da metade da população mundial já conta com acesso à
internet, aponta o último relatório Digital in 2018, divulgado pelos serviços
online Hootsuite e We Are Social. De acordo com as duas companhias, somos mais
de 4 bilhões de pessoas conectadas à rede, enquanto as estimativas mais
recentes apontam para uma população global de 7,6 bilhões de seres humanos.
Começamos 2018 com 4,021 bilhões de pessoas online (53% de todas as pessoas do
planeta), um aumento de 7% em relação ao ano anterior. As redes sociais são
utilizadas por cerca de 3,2 bilhões de pessoas (42% de todo o mundo).
Um dado curioso é que os telefones
móveis têm uma penetração maior do que as redes sociais e até mesmo do que a
conexão com a internet: eles são usados por 5,1 bilhões de indivíduos ao redor
do globo (68% da população global). Além disso, quase todas as pessoas que usam
redes sociais o fazem também pelo smartphone: 2,9 bilhões de pessoas (39% da
população mundial).
Segundo os dados levantados pelo We
Are Social e pelo Hootsuite, o Brasil é o terceiro país que mais fica online:
são, em média, 9h14 todos os dias. A Tailândia lidera o ranking, com uma média
9h38, seguida das Filipinas, com 9h24. Esses dados levam em conta o acesso
feito a partir de qualquer dispositivo e foi obtido por meio de pesquisa com
usuários de 16 a 64 anos de idade.
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