COVID-19: Redes sociais assumiram o protagonismo da informação
Editoria
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Núcleo de conteúdo: ANIBRPress
A pandemia do novo coronavírus (COVID-19), combatida pela quarentena e outras medidas de isolamento social têm obrigado a maioria das empresas ao redor do mundo e governos a se adaptarem às novas dinâmicas. Em meio a isso, um Tsunami de comunicação capitaneado pelo Whatsapp ocupou esse cenário pandêmico. Essa rede atingiu em fevereiro de 2020 a marca de 2 bilhões de usuários, sendo superado apenas pelo Facebook.
Atentos em mais de 180 países, assinantes disparam suas postagens e pedem likes, realizam LIVES, gravam no Youtube, interagem com amigos e familiares, e ainda disparam suas mensagens nas listas de transmissão dos grupos, que reúnem até 256 titulares. Por conseqüência, a importância da informação nunca foi tão avilssareira.
Se as empresas estão sabendo se posicionar em meio à situação saindo na frente, essa plataforma popular, a partir dos smartphones divulga imagens, efeitos e frases de motivação, traduzem com a rapidez do som, bilhões de informações focadas na pandemia.
O que diz a Lei
A Constituição da República Federativa do Brasil prevê que todos possuem o direito à: informação (art. 5º, inciso XIV da CF/88), manifestação de pensamento (art. 5º, inciso IV da CF/88), e ao sigilo das fontes (art. 5º, inciso XIV da CF/88). O uso dessas ferramentas legais garantidas constitucionalmente não podem ser desvirtuadas e servir para disseminação de ódio, ativismo político e de fake news
Publicar fato, imputando a um personagem a responsabilidade ou culpa, por ato que ainda não está devidamente comprovado que o mesmo tenha praticado, ou se as provas ainda não foram apreciadas pelo judiciário, é crime. O uso leviano de recortes de cartas, publicações eletrônicas entre pessoas, não podem ser dado publicidade, sob pena de cometer ato torpe.
Fake News/Twitter
O compartilhamento de fake news pelas redes sociais é um dos grandes problemas atuais da internet. O número de países que começaram campanhas de desinformação aumentou de 28 para 48 entre 2017 e 2018. Em 2019, o número chegou a 70. Mais o Whatsapp não é solitário, tem como companhia outro membro da rede, e vale reforçar que os 140 caracteres do Twitter também podem ser utilizados como mecanismo de manipulação.
Dano a pessoa
Quantas pessoas já foram execradas pela mídia, ou por publicações de conversas nas redes sociais? Um dos segmentos mais rigorosos no jornalismo é o de investigação. Existem hoje no Brasil 420 milhões de aparelhos celulares. Investigar requer conhecimento, o arcabouço eletrônico é parte, blindado e de difícil identificação dos autores de publicações ofensivas.
A fake news é responsável por 30% das publicações nas redes detonadas por usuários de telefonia, muitos dos quais invisíveis aos olhos do controle das próprias operadoras. São os perfis falsos que atuam maliciosamente, e vão ao âmago das denuncias, eis que protegidos pelo anonimato soltam suas postagens maliciosas, tendenciosas e com isso causam danos irreparáveis, sem que as suas vitimas possam se defender.
O uso do Delivery nas redes
Como tratar da informação de que o dono da rede de restaurantes Madero. (O dono da rede, Junior Durski), foi às redes sociais no final do mês de março para dizer que é contra a quarentena e o isolamento social, visto que “os danos à economia são mais graves do que 5 ou 7 mil que vão morrer”. De que forma um amador se manifestaria postando sua opinião sobre o assunto nas redes?
No mesmo dia, muitos usuários, principalmente no Twitter e no Instagram, foram contra as falas de Durski e até começaram a promover um boicote à rede de restaurantes. A quantidade de menções à marca aumentou em números consideráveis, sendo que mais de 60% delas foram negativas. Este caso é o exemplo mais claro de como não se posicionar diante de uma situação tão delicada.
Útil e senso critico para denunciar
Milhares de internautas já denunciaram em suas redes as filas enormes nas calçadas das agências da Caixa Econômica. O anúncio do governo da liberação de parcelas de ajuda as famílias de baixa renda, embora tenha seu fundo humanístico, foi mal planejado na concepção de críticos.
Mas são os desmandos públicos que mais são publicados nas redes sociais. A indignação pública, embora limitado a manifestação (leia-se liberdade de expressão) exercida por internautas, o efeito moral é primordial para estabelecer um perímetro de confiança. São os novos olhos da sociedade a espreita do infrator.
Mesmo sem linguagem jornalística, esses internautas, prestam de certa forma, diretamente a sociedade um serviço de grande valia. O que antes do surgimento do Whatsapp, isso não teria sido possível para tamanho universo de pessoas.
Núcleo ANIBRPress – editor responsável jornalista Roberto Monteiro Pinho
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