Nota oficial
Jornalistas mortos na Faixa de Gaza
“O mal que se faz a um se faz a todos”
A Associação Nacional e Internacional de Imprensa – ANI, vem a público manifestar profunda
preocupação à segurança dos jornalistas que atuam na Faixa de Gaza, que estão
perdendo suas vidas, na corajosa missão em região de conflito, registrando
fatos com o múnus de informar o mundo dos graves e desumanas ocorrências em
meio a cenas e constantes bombardeios nos embates em campo aberto, em áreas
urbanas, onde atuam esses profissionais.
De acordo com o Comitê para
a Proteção dos Jornalistas (CPJ) Ao menos 61 jornalistas e funcionários da
mídia foram mortos desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, em 7 de
outubro. Os números foram divulgados no dia 1 de dezembro.
Desse total, a grande maioria é de jornalistas palestinos.
Os números trágicos que
assola o jornalismo em terreno inóspito são assustadores. De 2003 a 2022, 1.668
jornalistas foram mortos em todo o mundo, ou em média 80 por ano, de acordo com
um relatório publicado pela organização Repórteres Sem Fronteiras.
O
dever de informar para o mundo e suas sequencias
“Com
um total de 578 mortos em 20 anos”, Iraque e Síria, abalados pela guerra, “representam, sozinhos, mais de um
terço dos repórteres mortos”, à frente do México (125), Filipinas (107),
Paquistão (93), Afeganistão (81) e Somália (78). Mais de 95% dos mortos eram
homens.
O mundo vem se tornando um lugar mais violento do que no
começo deste século e deve chegar ao fim de 2023 com pelo menos oito grandes
guerras, além de dezenas de conflitos armados em busca de territórios ou
governos, alertam pesquisadores.
Junto à guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, que desde 7 de outubro acumula milhares de mortos, e à invasão russa contra a Ucrânia, que completará dois anos em fevereiro de 2024, conflitos armados em grande escala estão acontecendo neste momento em Burkina Faso, Somália, Sudão, Iêmen, Mianmar, Nigéria e Síria.
As restrições
do Estado e sua interferência na liberdade de informar
A liberdade na plenitude do exercício profissional vive no
Brasil momentos de insegurança. Os anúncios constantes de medidas restritivas a
atividade, é prenúncio de um futuro que poderá ser tomado pela Censura extrema.
A ditadura do judiciário, se sobrepõe ao Estado Democrático, e sua estrutura é fustigada,
silenciada, ora pelo receio de retaliação, ora por olvidar vidas humanas em
detrimento de vantagens até mesmo belicosas. O “peso de uma caneta”, não é
maior que a verdade e o respeito a vida humana”.
Neste momento em que “nuvens espessas” pairam sob a sociedade brasileira, a ANI, como baluarte na defesa da Cidadania, em alerta, pugna pela mais ampla forma de liberdade, em nome dos profissionais e daqueles que em campos avançados de beligerância, perdem suas vidas, em pleno exercício do seu múnus.
Rio
de Janeiro, 30 de Novembro de 2023
Presidente
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