http://www.academia.org.br/ |
Quarto
ocupante da Cadeira 6, eleito em 29 de abril de 1937, na sucessão de
Goulart de Andrade e recebido em 31 de janeiro de 1938 pelo Acadêmico
Múcio Leão. Recebeu os Acadêmicos Antônio Carneiro Leão e José Honório
Rodrigues.
Barbosa Lima Sobrinho (Alexandre José Barbosa Lima Sobrinho),
advogado, jornalista, ensaísta, historiador, professor e político,
nasceu no Recife, PE, em 22 de janeiro de 1897 e faleceu no Rio de
Janeiro, aos 103 anos de idade, no dia 16 de julho de 2000.
Filho de Francisco Cintra Lima e de D. Joana de Jesus Cintra Barbosa
Lima, estudou o curso primário na Capital Federal, concluindo-o no
Recife. Na mesma cidade, iniciou o secundário no Colégio Salesiano,
terminando-o no Instituto Ginasial Pernambucano. Em 1913, matriculou-se
na Faculdade de Direito do Recife, onde colou grau de bacharel em
Ciências Jurídicas e Sociais em 1917. Foi adjunto de promotor do Recife,
em 1917, e advogado no período imediato ao de sua formatura. Colaborou
na imprensa pernambucana, no Diário de Pernambuco, no Jornal Pequeno e, principalmente, no Jornal do Recife, onde escreveu a crônica dos domingos, de outubro de 1919 a abril de 1921. Colaborou ainda na Revista Americana, Revista de Direito, Jornal do Comércio, do Rio de Janeiro, no Correio do Povo, de Porto Alegre, e n’A Gazeta, de São Paulo.
Mudando-se para o Rio de Janeiro, continuou a dedicar-se ao jornalismo. Trabalhou no Jornal do Brasil
a partir de abril de 1921, a princípio como noticiarista, mais tarde
como redator político e, a partir de 1924, como redator principal.
Escreveu, até a data de sua morte, em julho de 2000, um artigo semanal,
nesse jornal. Na Associação Brasileira de Imprensa, exerceu a
presidência nos períodos de 1926 a 1929; a presidência do Conselho
Administrativo de 1974 a 1977; e novamente a presidência em 1978-1980 e
nos períodos subsequentes, até o de 1990-1992. Foi proclamado Jornalista
Emérito pelo Sindicato da categoria de São Paulo.
Eleito deputado federal por Pernambuco para o triênio 1935-1937, foi
escolhido líder de sua bancada, membro da Comissão de Finanças e relator
do Orçamento do Interior e Justiça.
Foi presidente do Instituto do Açúcar e do Álcool, de 1938 a 1945,
quando tomou posse da cadeira de deputado federal por Pernambuco, na
Assembleia Constituinte de 1946. Na Câmara dos Deputados, em 1946, foi
membro da Comissão de Finanças e designado relator do orçamento do
Ministério da Guerra. Renunciou à cadeira de deputado em 1948, para
assumir, a 14 de fevereiro do mesmo ano, o cargo de governador do Estado
de Pernambuco, exercendo o mandato até 31 de janeiro de 1951.
Foi procurador da Prefeitura do Distrito Federal e professor do
ensino superior nos cursos de Ciências Sociais e Econômicas. Regeu a
cadeira de Política Financeira e, mais tarde, a de História Econômica,
na Faculdade de Ciências Econômicas Amaro Cavalcanti, do Estado da
Guanabara. Deputado federal por Pernambuco para a legislatura 1959-1963,
integrou, nessa Casa do Congresso, a Comissão de Justiça.
Foi sócio benemérito do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e
do Instituto dos Advogados do Rio de Janeiro; benemérito da Associação
Brasileira de Imprensa e sócio correspondente do Instituto Arqueológico,
Histórico e Geográfico Pernambucano e do Instituto de Advogados de São
Paulo; sócio efetivo da Sociedade de Geografia; sócio honorário do
Instituto Histórico de Goiana (PE); presidente de honra do XIV Congresso
Nacional de Estudantes; professor honorário da Faculdade de Filosofia
da Universidade do Recife; presidente do Pen Clube do Brasil em 1954;
membro correspondente da Academia das Ciências de Lisboa; membro do
Instituto de Direito Público e da Fundação Getúlio Vargas.
Recebeu a Medalha Quadragésimo Aniversário da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1981); o título de Doutor Honoris Causa
pela Universidade Federal de Pernambuco e o Prêmio Imprensa e
Liberdade, conferido pelo Centro Alceu Amoroso Lima para a Liberdade
(1984); o Prêmio Governo do Estado do Rio de Janeiro e o título de
Cidadão Benemérito da Cidade do Rio de Janeiro (1987); o Prêmio Juca
Pato, conferido pela União Brasileira de Escritores; o Prêmio San Tiago
Dantas (1989); e a Medalha Tiradentes (1992), conferida pela Assembleia
Legislativa do Rio de Janeiro.
Na Academia Brasileira de Letras, foi secretário-geral em 1952; e presidente em 1953 e 1954; diretor da Revista da Academia em 1955-1956, diretor da Biblioteca de 1957 a 1978 e tesoureiro de 1978 a 1993.
Atualizado me 06/07/2016.
Fonte: http://www.academia.org.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário