A Liberdade de Imprensa foi tema do debate realizado pela
Associação Nacional e Internacional de Imprensa ANI, a Comissão de
Enfrentamento da Violência contra Repórteres, Jornalistas e Afins – CEVRJ e a
Ordem dos Advogados do Brasil-OAB – Seccional do Rio de Janeiro, no dia 23 de
julho.
No Brasil 60 mil profissionais de mídia estão sob constante
ameaça
Os palestrantes pontuaram as questões da liberdade de expressão
e de imprensa, focado nos episódios que marcam o sinuoso crescimento da
violência e da censura imposta a jornalistas, que na última década só no Brasil
atingiram mais de 60 mil profissionais de mídia. São titulares de sites,
blogues, jornais e revistas eletrônicas e a mídia alternativa. Outra questão
amplamente discutida, foi a liberdade das redes sociais, fenômeno que engloba
2,2 milhões de internautas e assinantes de WhatsApp no planeta.
ANI vai catalogar autoridades que violam as prerrogativas dos
jornalistas
O presidente da CEVRJ jurista Wanderley Rebello Filho destacou
que a sua Comissão integrou um grupo de trabalho que organizou com a ANI a
realização do Debate sobre a censura a jornalistas. Para o presidente da ANI
jornalista Roberto Monteiro Pinho a violação das Prerrogativas dos Repórteres e
Jornalistas já vêm sendo monitorada no âmbito da ANI agora no modelo do que
acaba de implantar a Ordem dos Advogados do Brasil - OAB e criou o ranking com
as autoridades que mais violam as prerrogativas dos repórteres e jornalistas.
“Vamos ter no site da entidade um link com os nomes desses algozes do
jornalismo.” – acentua Monteiro.
Assassinatos, ameaças e agressões
Segundo dados da ONG internacional Jornalistas Sem Fronteiras, o
Brasil é o segundo país na América Latina em número de jornalistas assassinados
entre 2010 e 2017. No país o Poder Judiciário e o Ministério Público ocupam a
terceira colocação na listagem dos principais agressores a liberdade de
imprensa, atrás dos policiais, que foram os responsáveis por 19 agressões, e
dos políticos, que aparecem na segunda colocação, com 15 casos. Já as ocorrências registradas em 2016 colocam o Brasil
entre os países mais perigosos para o exercício do jornalismo. De acordo com a
ONG
Foram 99 casos de ameaça e intimidação no ano
passado.