sexta-feira, 27 de julho de 2018

CENSURA: ANI/CEVRJ e OABRJ debateram a Liberdade de Imprensa

(...) O evento contou com os convidados, Sidney Rezende, jornalista, Wanderley Rebello, jurista, criminalista, escritor e presidente da CEVRJ, Cláudia Cataldi, jornalista e cientista política, Cadu Freitas, jornalista e comunicador, Antonio Rangel, jornalista e diretor de Mídia da ANI, Paulo Maltz, diretor de comunicação do IAB e o jornalista, escritor e presidente da ANI, Roberto Monteiro Pinho. Crédito: ANIBRPress

A Liberdade de Imprensa foi tema do debate realizado pela Associação Nacional e Internacional de Imprensa ANI, a Comissão de Enfrentamento da Violência contra Repórteres, Jornalistas e Afins – CEVRJ e a Ordem dos Advogados do Brasil-OAB – Seccional do Rio de Janeiro, no dia 23 de julho.

No Brasil 60 mil profissionais de mídia estão sob constante ameaça

Os palestrantes pontuaram as questões da liberdade de expressão e de imprensa, focado nos episódios que marcam o sinuoso crescimento da violência e da censura imposta a jornalistas, que na última década só no Brasil atingiram mais de 60 mil profissionais de mídia. São titulares de sites, blogues, jornais e revistas eletrônicas e a mídia alternativa. Outra questão amplamente discutida, foi a liberdade das redes sociais, fenômeno que engloba 2,2 milhões de internautas e assinantes de WhatsApp no planeta.

ANI vai catalogar autoridades que violam as prerrogativas dos jornalistas

O presidente da CEVRJ jurista Wanderley Rebello Filho destacou que a sua Comissão integrou um grupo de trabalho que organizou com a ANI a realização do Debate sobre a censura a jornalistas. Para o presidente da ANI jornalista Roberto Monteiro Pinho a violação das Prerrogativas dos Repórteres e Jornalistas já vêm sendo monitorada no âmbito da ANI agora no modelo do que acaba de implantar a Ordem dos Advogados do Brasil - OAB e criou o ranking com as autoridades que mais violam as prerrogativas dos repórteres e jornalistas. “Vamos ter no site da entidade um link com os nomes desses algozes do jornalismo.” – acentua Monteiro.

Assassinatos, ameaças e agressões

Segundo dados da ONG internacional Jornalistas Sem Fronteiras, o Brasil é o segundo país na América Latina em número de jornalistas assassinados entre 2010 e 2017. No país o Poder Judiciário e o Ministério Público ocupam a terceira colocação na listagem dos principais agressores a liberdade de imprensa, atrás dos policiais, que foram os responsáveis por 19 agressões, e dos políticos, que aparecem na segunda colocação, com 15 casos. Já as ocorrências registradas em 2016 colocam o Brasil entre os países mais perigosos para o exercício do jornalismo. De acordo com a ONG
Foram 99 casos de ameaça e intimidação no ano passado.

Produzido pelo Núcleo de conteúdo: ANIBRPress

sábado, 14 de julho de 2018

DEBATE: A liberdade de imprensa


A Associação Nacional e Internacional de Imprensa – ANI entidade que reúne, jornalistas, repórteres, foto jornalistas, titulares de sites, blogues, editores de publicações eletrônicas, redes sociais e afins, e a Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional do Rio de Janeiro, através de sua Comissão de Enfrentamento da Violência contra Jornalistas e Repórteres tem a grata satisfação de CONVIDAR para o Debate sobre a LIBERDADE DE IMPRENSA tema de suma importância para a sociedade brasileira.

quinta-feira, 5 de julho de 2018

CARTA À SOCIEDADE BRASILEIRA





NOTA DE REPÚDIO DA ANI CONTRA A CENSURA PRÉVIA PARA JORNALISTAS
A Associação Nacional e Internacional de Imprensa – ANI entidade que defende repórteres, jornalistas, foto jornalistas, titulares de sites, blogues, editores de publicações eletrônicas, redes sociais e afins, manifesta sua indignação e repúdio a CENSURA aos jornalistas do Grupo Globo.
Seu conteúdo é explicitamente um ato de CENSURA que amordaça e tutela a liberdade de expressão, indo ao extremo de impor o cerceio às publicações em redes sociais, instrumento de livre manifestação de pensamento, exercido pela comunidade universal. Dessa forma sendo inadmissível qualquer restrição as postagens, salvos aquelas em que exceda o limite da informação, e que possa causar dano, a exemplo do fake news, desde que imanada de embasada e justa intervenção legal.
Ao estabelecer em documento dirigido aos seus profissionais, a maledicente “diretrizes para o uso de redes sociais”, este colidiu frontalmente com LIBERDADE DE EXPRESSÃO dos jornalistas, impedindo de se manifestarem em redes sociais.
O Grupo Globo da mesma forma que apoiou a ditadura civil-militar de 64, agora com seu documento afronta aos direitos e garantias fundamentais da Constituição Federal da República, no seu artigo 5º, em seus incisos IV, VIII e IX, os quais asseguram à livre manifestação do pensamento. Citando ainda o iluminista.
“Quando não há, entre os homens, Liberdade de Pensamento, não há Liberdade” – Voltaire.
O texto do documento nos remete ao Golpe Militar de 64, com a edição do AI-5, que ceifou a vida de muitos e mutilou milhares de brasileiros, intelectuais, sindicalistas, jornalistas, lesionando a vida social e profissional, se constituindo num ato desumano, que assola o ESTADO DEMOCRÁTICO e de DIREITO.
É inquietante seu texto. Quando trata das publicações e pesquisas nas redes sociais, seus profissionais jornalistas estão proibidos de (...) ”expressar opiniões políticas, promover e apoiar partidos e candidaturas, defender ideologias e tomar partido em questões controversas e polêmicas que estão sendo cobertas jornalisticamente pelo Grupo Globo.”
Os jornalistas, chamados de comentaristas, analistas ou colunistas de opinião, estão sob VIOLENTA CENSURA PRÉVIA. Por isso emitimos aqui o repúdio ao documento.
“O MAL QUE SE FAZ A UM, SE FAZ PARA TODOS”
Rio de Janeiro, 5 de julho de 2018.